quinta-feira, 7 de maio de 2009



Meu anjo, teus olhos são os meus livros!



Meu anjo, teus olhos são os meus livros!
Neles posso ler a poesia que jamais consegui escrever:
Fala de amor, eu acho que somente de amor;
Do que mais poderia falar tal negritude nos moldes da juventude, senão de amor?

Meu anjo, diante de ti não consigo observar os erros gramaticais da linguagem apaixonada,
Nem a rima imperfeita da alma desesperada para expressar seus sentimentos.
Tudo o que vejo é o amor.
O que mais poderia ver, além da singeleza deste querer?

Teus olhos repletos de fé são como a pena de um celeste Escritor,
Escrevendo dia após dia, em meu coração, a história do amor.
Gravando em meu peito as considerações românticas e as românticas contradições,
Explicando também a semântica que une dois corações;
E com traços delicados, indeléveis, constroem um fato surreal,
torna o poético sonho uma aventura real.

Meu anjo, teus olhos são os meus livros! Por isso sobre eles me debruço...
Estudado-os não ganharei prêmios acadêmicos,
Não serei aprovado em concursos, e nem ao menos me tornarei juiz;
Mas com verdade e satisfação te digo:
Serei para sempre um homem feliz!